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Revirada

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E de repente tá tudo assim meio revirado... de um lado. Maturidade cura e cutuca, coça, cutuca, cuca! Auto conhecimento, reinvenção, benção! Que pele te habita? Que cheiro te faz flutuar, que sabor te sacia, que música te deixa em paz, que ritmo te move, que palavra te toca, que cor te traduz, que pessoa te seduz, de onde vem tua luz, de qual fonte tu bebes, qual a tua calma na alma? A busca não tem fim... Ser em mim!

Letras de saudade...

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E é literalmente revirando o baú que dá saudade... Entre memórias, saudade de um tempo bom que não volta mais, saudade de um tempo que o tempo era grande, de um tempo de uma infância e uma juventude abençoadas, rodeadas de gente amada, de uma distância que era reduzida por cartas, bilhetes escritos no meio da aula, que estampavam um sorriso no rosto quando o envelope colorido pintava a caixa do correio e reconhecíamos o remetente pela letra, antes mesmo de checar o nome... Saudades dessas cartas, desses bilhetes no guardanapo, dos recados entre cadernos, agendas, papéis de bala, cartões... Saudades desse tempo, um tempo que passou e que não há mais... Hoje correria, email, email? Melhor, facetime, inbox, viber, whatsapp, tudo rápido, instantaneo, com brechas, entrelinhas.... Por um tempo presente e futuro, cada vez mais presente e junto daqueles que amo, por mais cartas e bilhetes, até ligações, por mais presença sincera, é assim que busco, é assim que oro, que prezo, que peço

A dor e a delícia de ser dona de um “sangue verde e amarelo”...

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Guardo com muito carinho e clareza em minha memória momentos da Copa do Mundo de 94, uma seleção de Bebeto, Romário, Dunga e outros craques. Acho que a minha primeira Copa de verdade, quando eu já podia entender o que acontecia em tempos de Mundial. As tardes de bagunça na casa da vovó, todo mundo vestido de verde e amarelo, pipoca, a vela que a Dona Elvira acendia em orações pelo Tafarel, a bagunça, a festa, a alegria de uma nação campeã! Naquela Copa eu tinha apenas sete anos, percebia e gostava da festa, começava a crescer no País do Futebol... Depois de 94 vieram outras vitórias para a seleção brasileira em Mundiais, a menina de sete anos foi crescendo, se interessando por futebol, acompanhando o pai nas torcidas pelo Peixe e o Paulista de Jundiaí, foi conhecendo, crescendo e vivendo no Brasil... Ah, o Brasil! O país do futebol, o país do pão e do circo, expressão que aprendi nas aulas de história e comecei a entender ao longo da vida... Mas por aqui, o pão e o circo já não
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O primeiro beijo... Assistindo ao vídeo do projeto da diretora Tatia Pilieva me lembrei de alguns dos meus primeiros beijos... Como é louca a transformação que toda aquela expectativa de segundos atrás pode sofrer! Muitas vezes não queremos desgrudar nunca mais daquele que está diante de nós, enquanto que em outras situações a frustração se manifesta... Acontece que não tem jeito, ao conhecermos e nos interessarmos por alguém fazemos um juízo de valores por completo e é apenas nos entregando que podemos conhecer o outro e daí, sim, descobrirmos o quão especial essa pessoa de fato é ou será para nós! Medo, ansiedade, expectativas, frustrações, alegrias, risadas, lágrimas, compartilhar, tudo isso faz parte da dor e da delícia de viver a dois, basta se abrir, se entregar, experimentar, viver! E que todos possam se apaixonar, amar, e poder repetir por infinitas vezes AQUELE primeiro beijo!

Chegadas e partidas

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Desde pequena, o aeroporto é um lugar que sempre me encantou, me intrigou de certa forma, e não é a primeira vez que sinto vontade de escrever sobre essa sensação, mas agora com outra bagagem, outra visão, outros sentimentos... Observar a dinâmica do imenso salão é algo incrível: milhares de pessoas indo e vindo, gente de todas as idades, raças, cantinhos desse mundo, chegando e partindo pelos mais diversos motivos que podem mover o ser humano a outro lugar. Sim, senti quando o programa “Chegadas e partidas” do GNT e apresentado com maestria por Astrid Fontenelle acabou! Chegadas, partidas, sorrisos, choros, felicidade, tristeza, desespero, calmaria, livros, casacos, pelúcias, malas, pranchas de surf, instrumentos musicais, chinelos, saltos, turbante, chapéu, mochilas, cadeiras de roda, malas e mais malas, criança, idosos, casais, família, solidão, idiomas mil, sono, agitação, lotação, flores, cartazes, apitos, gritaria, abraço, beijo, alívio, porta abre, porta fecha, coração a mi

Em meio ao caos...

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O despertador toca, o sol já está quente lá fora. Correria para sair de casa entre banho, café, arrumar a mala... Trânsito, buzinas, calor, motoboys, caminhões, carros e mais carros, sons, semáforo fecha, não saio do lugar, semáforo abre e não saio do lugar... Pessoas andam depressa, correm, falam alto, telefone toca, calor! Frio, calor, frio, calor, calor, chuva? Não, sem sinal de chuva... Hoje viajando todos os dias, amanhã quem sabe... A vida cobra, a gente se cobra e corre atrás... Corre atrás dos sonhos, dos objetivos, da felicidade, do que nos move, da tranquilidade, da vida! E em meio caos, muitas vezes nos esquecemos ou até lembramos, mas “vai passando, né?!”. Nos esquecemos de parar e pensar nos sonhos, no que, de fato, estamos fazendo dos nossos sonhos, de nossas vidas, nos esquecemos daquele amor, daqueles amigos, de arrumar tempo para fazer aquilo que mais gostamos e que para nós é o que há de mais valioso, mais precioso nessa vida, porque ela passa, ela passa muito

Sim, ela mexe comigo!

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Há uns dias me encontrei com a dança novamente... Não que ela não faça parte da minha vida todos os dias, mas naquele dia foi um encontro especial! Quem teve o prazer de assistir ao espetáculo “Teu corpo é meu texto” talvez entenda o que estou dizendo... Movimento, força, precisão, cor, figurino impecável, leveza, alma, doação, comunicação, música, paixão, sentimento e ela, Christiane Torloni, linda, plena, forte, leve, se divertindo no palco e, de repente, me vejo flutuando na plateia, envolvida, comovida, entregue à dança a ponto de sair do teatro sem palavras, com um sorriso estampado no rosto... Um sorriso por sentir que sim, ela mexe comigo de tantas formas em suas muitas formas e ao som de vários ritmos! Quem se envolve com a dança, quando menos se dá conta já está requebrando, se mexendo, inventando, rodopiando, marcando ritmo, comunicando... Sim, ela tem esse poder e por acreditar nisso, certa vez, em um exercício de sala de aula na pós e sem me dar conta, naturalmen