Cadê a “maravilha”?


Nos últimos dias, temos visto a cidade maravilhosa transformar-se em palco de guerra. O problema, é que, infelizmente, as imagens da vida real não retratam apenas uma realidade dos últimos dias e, sim, refletem situações que há muito fazem parte do dia-a-dia na cidade do Rio de Janeiro.

É lastimável isso num país que se diz democrático, livre da guerra. A guerra existe e faz tempo! O problema é que muita gente não se importa, ignora, toma conhecimento e diz sentir, apenas quando o assunto, o fato vem à tona por meio da mídia, depois, esquece... Tudo bem, a mídia precisa “cumprir seu papel” em levar os fatos a conhecimento do público (ainda que de maneira equivocada, muitas vezes) e acho louvável o trabalho de cidadãos que se preocupam em mostrar a nossa realidade por meio de seu trabalho, como no caso da equipe dos filmes Tropa de Elite e tantos outros, mas, gostaria muito de acreditar que todo esse trabalho, esse alarde, essa repercussão junto ao público, ao telespectador, ao internauta, ao ouvinte e leitor não seja em vão! O nosso país é tão maravilhoso, até quando teremos de baixar a cabeça ao sistema, ao crime, à corrupção? Até quando?

O fato de tomar conhecimento da repercussão negativa que esses acontecimentos têm no exterior, de certa forma me assusta um pouco. Talvez pelo fato de por tantas vezes tentar fazer com que as pessoas entendessem que o Brasil não se resume à carnaval, futebol, mulher com bumbum de fora e pobreza, enquanto morei fora do País e agora vejo, mais uma vez, algo tão negativo assim repercutindo lá fora. Tudo bem, todos os países têm problemas, mas o fato é: o que cada um, cada governo, cada população faz para melhorar a situação ruim?!

Nessas horas, infelizmente não consigo ser otimista. Não é possível que não se encontre uma solução! Adianta conquistar a sede de grandes eventos e fazer uma propaganda dessas? Não, não estou pensando apenas na imagem que o Brasil tem lá fora, mas, sim, que ela é um reflexo do que se passa aqui dentro e esse reflexo não mostra maravilhas. Vejo no espelho, uma imagem enferrujada, embaçada, trincada, assustadora... Quem sabe, desta vez, frutos bons sejam o resultado de tanto caos e sofrimento, quem sabe os nossos “queridos” políticos tomem atitude, façam o que lhes é de dever e a população mude sua postura em busca de uma qualidade de vida melhor para todos nós.

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